O governo do presidente Donald Trump iniciou uma redução drástica no funcionalismo público, promovendo demissões em massa em diversas agências federais. A ação faz parte da reforma conduzida pelo Departamento de Eficiência Governamental (DOGE), comandado pelo bilionário Elon Musk, e já resultou na eliminação de milhares de cargos.
Com a temporada de declaração de impostos em andamento, o Internal Revenue Service (IRS) identificou 7.500 funcionários para demissão, podendo ampliar os cortes futuramente. O Departamento de Segurança Interna também está na mira do governo, com centenas de funcionários seniores programados para serem dispensados nesta semana. Já a NASA deve demitir cerca de 1.000 trabalhadores, incluindo cientistas de foguetes, enquanto a Federal Deposit Insurance Corporation (FDIC) cortou novos contratados, agravando um déficit de pessoal em uma agência onde mais de um terço dos funcionários já estão aptos para aposentadoria.
O governo também planeja reduzir o quadro da Agência Federal de Gestão de Emergências (FEMA), responsável por seguros contra inundações e resposta a desastres. Enquanto isso, funcionários do Departamento de Justiça renunciaram após recusarem ordens para arquivar casos de corrupção e abrir novas investigações contra figuras ligadas ao governo anterior.
A equipe de Musk afirma que a iniciativa já economizou US$ 55 bilhões, uma fração do orçamento federal de US$ 6,7 trilhões. No entanto, a falta de transparência tem sido alvo de críticas, levando o DOGE a divulgar mais detalhes sobre os contratos cancelados.
O impacto dessas mudanças gerou resistência dentro e fora do governo. A chefe interina da Administração da Previdência Social, Michelle King, renunciou após a equipe de Musk solicitar acesso a um banco de dados contendo informações pessoais e financeiras da população. Paralelamente, tribunais federais têm sido acionados para barrar as demissões e limitar o acesso a dados sigilosos.
Na Justiça, as reações têm sido mistas. Um juiz federal em Washington negou um pedido para restringir o acesso da equipe de Musk a registros de empréstimos estudantis, enquanto outro tribunal avalia um pedido de 13 estados democratas para impedir que o DOGE analise registros confidenciais de várias agências.