As ações asiáticas enfrentam um início desafiador nesta segunda-feira, com investidores atentos às crescentes tensões entre os EUA e a União Europeia e às decisões iminentes dos bancos centrais sobre política monetária. As ações australianas caíram, enquanto os futuros em Hong Kong indicam perdas. No Japão, os mercados estão estáveis, e os futuros dos EUA operam em uma faixa apertada. O S&P 500 fechou sem grandes variações na sexta-feira, enquanto os títulos do Tesouro dos EUA subiram, com a expectativa de um possível corte da taxa de juros pelo Federal Reserve em setembro, após a queda nas vendas no varejo dos EUA. O dólar australiano manteve-se estável.

O começo da semana reflete o aumento das tensões geopolíticas, com os planos tarifários de Donald Trump gerando ameaças de retaliação da União Europeia. O vice-presidente JD Vance criticou os aliados europeus, e as negociações de paz na Ucrânia não avançaram, deixando a Europa marginalizada. Para Marc Chandler, estrategista da Bannockburn Global Forex, "A falta de clareza com a administração dos EUA tem deixado os investidores inseguros, e as relações com a Europa estão em um dos seus momentos mais tensos desde a Crise de Suez de 1956."

Os investidores também focam nas decisões de política monetária globais, com o Banco de Reserva da Austrália (RBA) iniciando o esperado ciclo de cortes nas taxas de juros e o Banco Central da Nova Zelândia possivelmente acelerando o afrouxamento monetário. Economistas do Société Générale afirmam que o RBA começará a reduzir as taxas devido à inflação em queda.

A atenção se volta para as ações chinesas, que subiram 2,3% na sexta-feira, impulsionadas por empresas de inteligência artificial. Uma possível reunião entre Xi Jinping e Jack Ma pode continuar a impulsionar o mercado. Kyle Rodda, da Capital.com, afirma que o mercado mostra um crescimento no apetite por risco.

Além disso, os investidores estão atentos aos dados de inflação no Japão, Reino Unido e Canadá, e ao mercado de emprego na Austrália. Os bancos chineses devem manter as taxas de juros estáveis após a expansão do crédito superar as expectativas. No mercado de commodities, o petróleo segue em queda, enquanto o ouro permanece estável.