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Bolsas Asiáticas em Alta: Fed Segura Juros e Inflação dos EUA Fica no Radar
Os mercados asiáticos avançam, enquanto o Federal Reserve mantém cautela com cortes de juros e investidores aguardam novos dados de inflação nos EUA.
11/02/2025 20h03 Atualizada há 2 meses
Por: Redação

As bolsas asiáticas iniciam a quarta-feira em alta, impulsionadas pela postura paciente do Federal Reserve. Futuros de ações do Japão e Hong Kong avançam, enquanto os da Austrália seguem estáveis. Nos EUA, o S&P 500 opera estável, pressionado pelo setor de tecnologia, com exceção da Meta Platforms Inc., que sobe pelo 17º pregão seguido.

No mercado de renda fixa, os rendimentos dos Treasuries recuam, refletindo a expectativa de apenas um corte de juros pelo Fed em 2024. Na Austrália, os títulos de 10 anos sobem quatro pontos-base.

Em discurso ao Congresso, Jerome Powell reforçou que o Fed não tem pressa para cortar juros, mantendo a taxa inalterada após três cortes em 2024. O banco central aguarda sinais mais claros de desaceleração inflacionária e detalhes sobre os planos econômicos de Donald Trump antes de agir.

Especialistas destacam que o Fed está em uma "pausa prolongada", mas pronto para cortar juros caso observe uma queda sustentada na inflação.

A rupia indiana teve sua maior valorização em dois anos, possivelmente impulsionada por intervenção do Banco Central. Já o dong vietnamita caiu para uma mínima recorde, pressionado pelo fortalecimento do dólar e tensões comerciais.

Enquanto isso, a União Europeia promete reagir às tarifas de 25% sobre aço e alumínio impostas por Trump, aumentando o risco de um novo embate comercial.

Investidores aguardam novos dados de inflação, que devem mostrar um avanço de 0,3% no índice de preços ao consumidor (excluindo alimentos e energia). Com o mercado de trabalho aquecido, o Fed deve manter os juros entre 4,25% e 4,50% em março.

Atualmente, o mercado projeta apenas um corte de juros até setembro, enquanto em dezembro esperava dois cortes para 2025.

O petróleo sobe com sinais de que sanções dos EUA estão afetando a oferta russa. Já o ouro atingiu um novo recorde acima de US$ 2.942 por onça antes de recuar.

Os próximos movimentos do Fed e as tensões comerciais serão os principais direcionadores dos mercados nos próximos meses.