As ações da Swiggy registraram uma queda expressiva de 8% nesta quinta-feira, atingindo sua menor cotação histórica. O movimento reflete o aumento do prejuízo trimestral da empresa de entregas na Índia, pressionado pela expansão de suas lojas de comércio rápido, estratégia adotada para competir com rivais como Blinkit e Zepto.
Desde sua estreia na bolsa, em novembro, os papéis da Swiggy acumulam perdas significativas. Nesta sessão, a ação chegou a ser negociada 6% abaixo do preço de abertura, caminhando para a sétima semana consecutiva de desvalorização.
Além disso, o cenário econômico global tem afastado investidores estrangeiros dos mercados asiáticos. Em janeiro, a saída líquida de capital estrangeiro da Índia, Taiwan, Coreia do Sul, Tailândia, Indonésia, Vietnã e Filipinas somou US$ 12,5 bilhões, marcando a terceira retirada mensal em quatro meses.
O fluxo de saída foi liderado pela Índia, onde investidores estrangeiros venderam US$ 9,04 bilhões em ações, registrando a segunda maior retirada mensal da história do país.
Entre os fatores que pressionam os mercados asiáticos estão o aumento dos rendimentos dos Treasuries nos EUA e a valorização do dólar, que desestimula o investimento em economias emergentes.
Os EUA também reforçaram a guerra comercial com a China ao impor uma tarifa adicional de 10% sobre todas as importações chinesas nesta semana. Pequim respondeu com novas taxas sobre produtos americanos, incluindo petróleo, carvão, gás, automóveis e equipamentos agrícolas, programadas para entrar em vigor em 10 de fevereiro.
Esse cenário contribuiu para a saída de capital estrangeiro em outros mercados asiáticos:
Enquanto investidores estrangeiros se afastam de ações asiáticas, o mercado chinês vê um grande movimento de compra em empresas de tecnologia, impulsionado pelo avanço da inteligência artificial.
A startup DeepSeek surpreendeu o mercado ao apresentar um modelo de IA avançado a um custo inferior ao de gigantes dos EUA, como OpenAI e Meta. Esse desenvolvimento reacendeu o otimismo sobre a capacidade da China de competir globalmente no setor de tecnologia, levando a uma onda de valorização nas ações de fabricantes de chips, software e data centers.
Após o feriado do Ano Novo Lunar, investidores no mercado chinês voltaram focados no setor de tecnologia, impulsionando ações de empresas de inteligência artificial, semicondutores, big data e robótica. Esse movimento ajudou a estabilizar o mercado de Hong Kong, mesmo diante das novas tarifas impostas pelos EUA.