Os mercados financeiros dos Estados Unidos operaram sem direção definida nesta quarta-feira, com investidores avaliando uma combinação de balanços corporativos abaixo do esperado, dados econômicos mistos e incertezas sobre o cenário global. Enquanto os rendimentos dos títulos do Tesouro caíram, refletindo um maior apetite por segurança, as ações recuaram em resposta às preocupações com a guerra comercial e o desempenho de gigantes da tecnologia.
O S&P 500 e o Nasdaq fecharam no vermelho, pressionados pela forte queda da Alphabet. A controladora do Google despencou após divulgar um crescimento mais fraco no setor de computação em nuvem, levantando dúvidas sobre o retorno dos investimentos em inteligência artificial.
Além disso, o mercado segue atento à escalada das tensões comerciais. O governo dos Estados Unidos e a China continuam trocando medidas tarifárias, aumentando os temores de impactos sobre a economia global.
Na Europa, os mercados reverteram perdas iniciais e fecharam em alta, impulsionados pelo setor de saúde. As ações da Novo Nordisk dispararam após a empresa divulgar que as vendas do medicamento Wegovy mais que dobraram no último trimestre.
Os mercados emergentes também apresentaram ganhos moderados, com o índice MSCI subindo 0,32%, enquanto o Nikkei japonês avançou 0,09%.
Os rendimentos dos títulos do Tesouro dos EUA recuaram, atingindo os menores níveis desde dezembro. A desaceleração no setor de serviços e os impactos da guerra comercial levaram investidores a buscar ativos mais seguros.
No mercado cambial, o dólar enfraqueceu, refletindo um alívio parcial nos riscos comerciais. O índice do dólar, que mede seu desempenho frente a outras moedas, caiu 0,54%, enquanto o euro subiu 0,37%, cotado a US$ 1,0415. O iene japonês valorizou 1,31%, sendo negociado a 152,31 por dólar.
O peso mexicano perdeu 0,53%, enquanto o dólar canadense teve leve valorização de 0,21%.
As criptomoedas mantiveram tendência de alta, com o Bitcoin avançando 1,24%, cotado a US$ 97.701,41, enquanto o Ethereum subiu 4,32%, atingindo US$ 2.754,13.
No mercado de commodities, o petróleo caiu, pressionado por um aumento na oferta dos EUA e pelo receio de novos desdobramentos na disputa comercial entre China e EUA.
Por outro lado, o ouro retomou sua alta, consolidando-se como um refúgio seguro em tempos de incerteza. O ouro à vista avançou 0,97%, para US$ 2.869,39 a onça, enquanto os futuros do ouro subiram 0,62%, cotados a US$ 2.871,10 a onça.
Com os mercados atentos aos próximos indicadores econômicos e às movimentações do Federal Reserve, a volatilidade deve continuar ditando o rumo dos ativos nos próximos dias.