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Futuros de Wall Street caem com queda da Alphabet e AMD; mercado monitora tarifas e juros
Ações de tecnologia despencam após previsões abaixo do esperado, enquanto investidores aguardam dados de emprego e desdobramentos na guerra comercial entre EUA e China.
05/02/2025 09h15 Atualizada há 2 meses
Por: Redação

Os principais índices futuros das bolsas dos Estados Unidos recuaram nesta quarta-feira, com destaque para o Nasdaq, impactado pela forte queda nas ações da Alphabet e da AMD após previsões abaixo das expectativas. O sentimento negativo foi ampliado por reações desfavoráveis a balanços em outros setores.

As ações da Alphabet, controladora do Google, despencaram 7,5% no pré-mercado depois que a empresa reportou um crescimento mais lento do que o esperado em sua divisão de computação em nuvem. Além disso, o anúncio de que investirá US$ 75 bilhões em inteligência artificial neste ano – um valor 29% superior ao estimado por Wall Street – gerou cautela entre os investidores.

Já a AMD caiu 8,2%, após a CEO Lisa Su informar que as vendas para data centers – um setor-chave para a receita de IA da empresa – devem ter uma queda de aproximadamente 7% no trimestre atual em comparação ao anterior.

A Apple (AAPL.O) também registrou perdas, recuando 2,5%, após relatos de que reguladores antitruste da China podem abrir uma investigação contra a fabricante do iPhone, segundo a Bloomberg.

Mercado atento a balanços e dados econômicos

Empresas de peso como Walt Disney, Uber e a gigante do agronegócio Bunge estão entre as companhias que divulgarão seus resultados antes da abertura dos mercados.

Na terça-feira, Wall Street fechou em alta, impulsionada pelo setor de energia e pelo forte desempenho das ações da Palantir (PLTR.O), que subiram após um balanço positivo.

Os investidores agora aguardam a divulgação de dados do mercado de trabalho dos EUA, com a leitura da folha de pagamento privada de janeiro e um relatório sobre a atividade do setor de serviços saindo logo após a abertura dos mercados. Já o aguardado relatório de emprego não agrícola será divulgado na sexta-feira, e pode influenciar as expectativas sobre os próximos passos do Federal Reserve.

Tarifas e juros no radar dos investidores

Outro fator que gera apreensão no mercado é a escalada das tensões comerciais entre Estados Unidos e China. O ex-presidente Donald Trump afirmou na terça-feira que não tem pressa para dialogar com o presidente chinês Xi Jinping, em meio à nova rodada de tarifas de 10% sobre produtos chineses.

Analistas alertam que essas tarifas podem elevar a inflação doméstica, o que poderia levar o Federal Reserve a reduzir o ritmo esperado de cortes nos juros. Essa perspectiva foi reforçada por declarações recentes do vice-presidente do Fed, Philip Jefferson, e da presidente do Fed de São Francisco, Mary Daly, que indicaram que o banco central não pretende apressar novas reduções nas taxas.

Empresas que mais caíram no pré-mercado

Algumas companhias enfrentaram quedas expressivas nesta manhã:

Os mercados seguem em alerta para novas movimentações do Fed, além da divulgação dos próximos balanços corporativos, que podem influenciar o humor dos investidores.